quinta-feira, 18 de setembro de 2014

28ª edição da Revista Blimunda



“A história acabou, não haverá nada mais que contar”, escreveu Saramago na última linha de Caim. Em 2009, quando terminou o último romance que viu publicado, o escritor abriu um documento no seu computador e anotou: "Afinal, talvez ainda vá escrever outro livro."

O livro que Saramago estava a escrever quando, em junho de 2010, deixou de estar – como definia a morte – tem como título Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas e agora é, finalmente, dado a conhecer. É sobre a publicação da última história que Saramago quis contar que se centra a 28ª edição da revista Blimunda, no seu dossiê central. Além de um texto sobre o romance inacabado e de uma entrevista com Luiz Eduardo Soares, antropólogo e especialista em segurança pública que assina o prefácio da edição brasileira de Alabardas, alabardas, a revista traz as palavras de quatro editores envolvidos no processo de publicação do romance.

Também em destaque na edição de setembro da Blimunda o registo fotográfico de João Pina sobre a Operação Condor, aliança forjada entre os regimes militares e ditatoriais de vários países do Cone Sul da América e a CIA, nos anos 70 do século passado. O texto sobre o livro do fotógrafo português é assinado por Sara Figueiredo Costa.

Na seção Cinema, João Monteiro apresenta a segunda parte do seu artigo sobre literatura negra e cinema negro.

Andreia Brites e Sérgio Machado Letria estiveram em Beja, nas Palavras Andarilhas, de onde trouxeram uma deliciosa conversa com a escritora e pedagoga colombiana Yolanda Reyes, que há mais de trinta anos se dedica à mediação e promoção da leitura.

Para fechar a revista, a Saramaguiana recupera o manifesto de José Saramago contra a Guerra no Iraque, apresentado publicamente na Porta do Sol – Madrid, em 2003, diante de centenas de milhares de pessoas que se manifestavam contra mais um episódio de uma história feita de guerra e de barbárie.

Para baixar a revista basta ir aqui.


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