terça-feira, 16 de junho de 2020

18 de junho de 2020, uma década sem José Saramago



Em 2020 passam-se dez anos sobre a morte de José Saramago, o primeiro nome das literaturas de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Para sublinhar a data, um programa com atividades variadas começa a ser colocado em prática a partir do dia 18 de junho. Nesta publicação in progress, um registro com as informações que aqui chegam sobre eventos.

LEITURA DO QUE SERIA O ÚLTIMO ROMANCE DE JOSÉ SARAMAGO
Essa atividade é organizada pela Fundação José Saramago

Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas é o romance que José Saramago estava a escrever quando, no dia 18 de junho, “deixou de estar”, como gostava de se referir à morte. O livro, tal qual o escritor o havia deixado, foi publicado em 2014 (no Brasil, pela Companhia das Letras com ilustrações de Günter Grass). Além dos três primeiros capítulos, que começam a desvelar a história de Artur Paz Semedo, um homem em conflito moral por trabalhar numa fábrica de armamento, foram também publicadas as notas que José Saramago fez como preparação prévia para a escrita do romance. O livro será lido pelos atores André Levy, Joana Manuel e Tiago Rodrigues. A sessão, que será transmitida por streaming pelo Maple Live, terá lugar no auditório da FJS às 18h30 (horário de Portugal). O custo do bilhete virtual é de 3€ e o acesso é feito através deste link.


UMA CONVERSA COM O PROFESSOR HORÁCIO COSTA
Essa atividade é organizada pelo Grupo de Pesquisa Colonialismo e Pós-Colonialismo em Português 

O encontro sob responsabilidade da Professora Fátima Bueno é organizado pelos Professores Tania Antonietti-Lopes, José Vanzelli e Penélope E. A. Salles. Acontece a partir das 19h (horário de Brasília) em transmissão online no dia 18 de junho. O acesso ao evento pode ser feito através deste link.


UM SEMPRE UM PAPO EM CASA
Sequência de atividades virtuais do projeto "Sempre Um Papo"

O encontro virtual reúne a jornalista e presidenta da Fundação José Saramago, Pilar del Río, o editor da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz e o Professor da Universidade de Coimbra, Carlos Reis, mediados por Afonso Borges. O evento acontece no 18 de junho, às 19h (horário de Brasília) no Canal no Youtube 


EXIBIÇÃO DE DOCUMENTÁRIO E DEBATE
Atividade desenvolvida pelo Cardume Filmes

O canal de streaming dedicado ao cinema brasileiro realiza uma sessão virtual seguida de debate do média-metragem um humanista por acaso escritor, documentário produzido e filmado seguindo alguns dos rastros de Saramago pelo mundo. O filme, dirigido por Leandro Lopes, percorre vestígios do autor, esposo, avô e, acima de tudo, humanista, que usou os microfones disponíveis enquanto escritor para gritar os problemas do mundo. O filme é permeado por depoimentos e imagens por onde José Saramago viveu (Azinhaga, cidade natal; Lisboa, lugar da maturidade literária; Lanzarote, ambiente do sucesso como escritor) e áudios de entrevistas e palestras ministradas pelo escritor pelo mundo. Entre os entrevistados estão os escritores Valter Hugo Mãe, Andréa Del Fuego e Gonçalo M. Tavares; a presidenta da Fundação José Saramago Pilar Del Rio; e o diretor do filme José e Pilar, Miguel Gonçalves Mendes. A exibição será aberta e gratuita no canal da Cardume no Youtube, seguida de debate com o diretor do filme, Leandro Lopes, e convidados, como o diretor de comunicação da Fundação José Saramago, em Lisboa, Ricardo Viel e Pedro Fernandes, editor da Revista de Estudos Saramaguianos. Tudo começa pelas 19h do dia 18 de junho de 2020.



Um comentário:

  1. Saramago no se ha marchado,
    está en una isla, una montaña, una balsa,un taller de ceramista. Esta sitiando el poder deshumanizado,
    Solo se ha marchado del planeta enfermo de egoísmo,
    usando el deleátur para cambiar la vida.
    Celebremos cada idea, cada gesto, cada libro.
    Está presente día a día mientras nos nutrimos
    en re lecturas, cuando buscamos la frase
    cuya esencia quedó muy adentro,
    en su voz y la gestualidad de sus manos.
    Celebremos esas manos
    que nos hicieron llegar a un pozo milenario
    donde aprender
    querer,caminar menos solos.
    Celebremos que vivimos en dos siglos
    en los que un Hombre generoso,
    ha dado su vida en cada letra.

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