tag:blogger.com,1999:blog-49687743888669290272024-03-13T20:06:09.277-07:00Blog Um caderno para SaramagoPedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.comBlogger250125tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-69320256460584473492021-04-09T10:05:00.000-07:002021-04-09T10:05:00.810-07:00José Saramago, o tradutor de Charles Baudelaire<p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE-6YP90tHLi0durOgUJOCOXx8vFO5tU5x-SWQ6LiS_HpQIvtiUeFHp4-kNPjj2y7SlCZGFZ-n6UPC2ArhceBwJn47cbh-ST7MqZw5MzbsD5oSlOwzh6HxXTB5K2NLcrCej8Ah1jjzMg/s866/Baudelaire-Saramago.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="866" data-original-width="464" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE-6YP90tHLi0durOgUJOCOXx8vFO5tU5x-SWQ6LiS_HpQIvtiUeFHp4-kNPjj2y7SlCZGFZ-n6UPC2ArhceBwJn47cbh-ST7MqZw5MzbsD5oSlOwzh6HxXTB5K2NLcrCej8Ah1jjzMg/w214-h400/Baudelaire-Saramago.png" width="214" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Capa da 4.ª edição de </i>Os paraísos <br />Artificiais, na tradução de José Saramago</td></tr></tbody></table><br /></p><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><div style="text-align: justify;">O universo literário celebra neste
9 de abril de 2021 o bicentenário de Charles Baudelaire. Entre a extensa lista
de obras traduzidas por José Saramago está o livro de ensaios <i>Les paradis
artificiels</i> (Os paraísos artificiais), publicado em Portugal pela editora
Estampa, em 1971.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Tomado pelos registros de Thomas De
Quincey em <i>Confissões de um comedor de ópio </i>e nas próprias experiências
com o haxixe, o ópio e o vinho — em parte vivenciadas no Club des Hachichins,
círculo de artistas e intelectuais que se reuniam no Hotel Pimodan — o livro de
1860 analisa os efeitos dessas substâncias.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Entre os textos que formam o livro
está o conhecido poema “Embriagai-vos”, traduzido na versão em prosa aparecida
pela primeira vez na edição de 7 de fevereiro de 1864 do <i>Figaro </i>e mais
tarde acrescentado à edição póstuma de <i>Petits poèmes</i> <i>en</i> <i>prose</i>
(1869). Eis a tradução de José Saramago:</div><o:p> <br /></o:p><b>EMBRIAGAI-VOS<br /></b><o:p> <br /></o:p>Deve-se estar sempre embriagado. Nada
mais conta. Para não sentir o horrível fardo do Tempo que esmaga os vossos
ombros e vos faz pender para a terra, deveis embriagar-vos sem tréguas.<br /><o:p> <br /></o:p>Mas de quê? De vinho, de poesia ou
de virtude, à vossa escolha. Mas embriagai-vos.<br /><o:p> <br /></o:p>E se algumas vezes, nos degraus de
um palácio, na erva verde de uma vala, na solidão baça do vosso quarto, acordais,
já diminuída ou desaparecida a embriaguez, perguntai ao vento, à vaga, à estrela,
à ave, ao relógio, a tudo o que foge, a tudo o que geme, a todo o que rola, a
tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai que horas são; e o vento, a
vaga, a estrela, a ave, o relógio, vos responderão: “São horas de vos
embriagardes! Para não serdes os escravos martirizados do Tempo, embriagai-vos
sem cessar! De vinho, de poesia ou de virtude, à vossa escolha.</div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-3107274270080464722020-10-10T16:05:00.001-07:002020-10-26T16:08:58.482-07:00“O ano da morte de Ricardo Reis”, de João Botelho, no Brasil<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkdiWYHVFSw3GEZRJhOyoINZ54ClZWQoy4GEJ50oO8icPRrYjmPOT4NAQBzGyMqI4JbpncA5mmNYnR5kPiE52cXumg9wrKxSNymIg_tMTiU-gzK1jTu7pD6PFjUPW0sWgGS_BrzMJ30g/s1900/o-ano-da-morte-rr1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1060" data-original-width="1900" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkdiWYHVFSw3GEZRJhOyoINZ54ClZWQoy4GEJ50oO8icPRrYjmPOT4NAQBzGyMqI4JbpncA5mmNYnR5kPiE52cXumg9wrKxSNymIg_tMTiU-gzK1jTu7pD6PFjUPW0sWgGS_BrzMJ30g/w400-h224/o-ano-da-morte-rr1.png" width="400" /></a></div><br /><p></p><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p> <br /><div style="text-align: justify;">Entre os dias 22 de outubro e 04
de novembro de 2020 acontece em São Paulo a 44ª Mostra Internacional de Cinema.
Este ano, devido a pandemia do Corona vírus, toda a programação estará
disponível a partir da plataforma de streaming Mostra Play.</div></o:p></div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre os mais de cem filmes de várias partes do mundo que integram a mostra
está <i>O ano da morte de Ricardo Reis</i>, do diretor português João Botelho. Esta
é uma leitura original sobre um dos romances mais importantes de José Saramago.
O enredo acompanha os últimos dias de um dos heterônimos de Fernando Pessoa que
esteve exilado no Brasil durante 16 anos e regressa ao seu país natal logo
depois da morte do seu criador e outra vez em fuga dos ventos revolucionários.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">O site da Mostra é <a href="https://mostraplay.mostra.org/" target="_blank">este</a>.</div></div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-42100783280207055502020-09-21T10:35:00.000-07:002020-10-26T10:39:32.754-07:00A edição n.12 da Revista de Estudos Saramaguianos está online<p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiUHEg18_L4VM-JICywyWbp_uhteKz_si3RrNO-FW9VrJ2QUgwqkLldlDLWnIkNUfaMD-6r-vOfBLTwet7d9A_ZauYnBfIlEJEmwDxJSHI8oqxw31HDIxYCHrifcIxpHDtvrFNRfVldQ/s768/capa-da-revista-de-estudos-saramaguianos-n-12.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="543" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiUHEg18_L4VM-JICywyWbp_uhteKz_si3RrNO-FW9VrJ2QUgwqkLldlDLWnIkNUfaMD-6r-vOfBLTwet7d9A_ZauYnBfIlEJEmwDxJSHI8oqxw31HDIxYCHrifcIxpHDtvrFNRfVldQ/w283-h400/capa-da-revista-de-estudos-saramaguianos-n-12.png" width="283" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr></tbody></table></p><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"> </div><span style="font-size: small; font-weight: normal;"><div style="text-align: justify;">Em 2020 passam-se quatro décadas
da primeira edição deste que é considerado o romance com o qual José Saramago
inaugura seu estilo único de narrar ― <i>Levantado do chão</i>. Para
sublinhar essa data, a <i>Revista de Estudos Saramaguianos</i> propôs o dossiê
que agora se publica: <i>Voltar a </i>Levantado do chão<i>, um romance
dentro e fora de seu tempo</i>. Este 12º número do periódico é editado em dois
volumes: em cada um deles, o leitor percebe melhor as linhas evidenciadas no tema
proposto.</div></span></div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: small; font-weight: normal;"><div style="text-align: justify;">No volume n.1, estão textos de Pedro Fernandes de Oliveira Neto, David G.
Frier, Sílvia Amorim, Diego José González Martín, Maria Regina Barcelos Bettiol,
Luís Alfredo Galeni, M. Diakhité, María Ximena Rodriguez, Claudia N. Ruarte
Bravo e Rodolfo Pereira Passos; no volume n.2, escrevem Miguel Alberto Koleff,
Andrea Bittencourt, Maria do Socorro Furtado Veloso, Henrique Alberto Mendes,
José Gonçalves, Juliana Moraes Belo e María Victoria Ferrara.</div></span></div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: small; font-weight: normal;"><div style="text-align: justify;">A 12ª edição da <i>Revista de Estudos Saramaguianos</i> se completa
com registros iconográficos do escritor e uma seção intitulada “Dois documentos
em torno do Levantado do chão”; nela, dois textos singulares. O primeiro é
uma leitura crítica de Óscar Lopes de pouco mais de um ano depois da primeira
edição do romance em homenagem; raridade entre os leitores mais recentes da
obra de Saramago, este texto se oferece entre as primeiras leituras acolhedoras
de maior fôlego pela academia em torno do romance e do seu escritor. E, o
segundo, a reprodução do discurso de José Saramago pela aceitação do Prêmio
Cidade de Lisboa, em 1982, primeiro reconhecimento mais expressivo numa
carreira literária que havia começado ainda aos 24 anos quando publicou seu
primeiro romance.</div></span></div><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: small; font-weight: normal;">
A edição está disponível <a href="https://estudossaramaguianos.us16.list-manage.com/track/click?u=997f648a0203aedf9546be185&id=251ad0d92b&e=9a228d3b76" target="_blank">aqui</a>.</span></div>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><br /><o:p></o:p></p>Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-65888470434564386322020-09-18T09:47:00.001-07:002020-10-26T09:55:04.572-07:00Estreia de “O ano da morte de Ricardo Reis”, de João Botelho<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpDaB8mMWxrOi-Hl7KWKRjrQwz1-St-APMVd5bKksIBsCtGZNbKfyyHHZdm0POj2la8PwFuVziC2QbbdsnZ7sAteXgD8KDdM5UptQbqeZG0DQxJUPklUtb8LGEAkApfe1_i3dufPIFnA/s2048/o-ano-da-morte-ricardo-reis.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="796" data-original-width="2048" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpDaB8mMWxrOi-Hl7KWKRjrQwz1-St-APMVd5bKksIBsCtGZNbKfyyHHZdm0POj2la8PwFuVziC2QbbdsnZ7sAteXgD8KDdM5UptQbqeZG0DQxJUPklUtb8LGEAkApfe1_i3dufPIFnA/w640-h248/o-ano-da-morte-ricardo-reis.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /><span style="text-align: justify;"> </span></div></div><div style="text-align: justify;">A leitura cinematográfica de um
dos romances mais importantes da grandiosa obra de José Saramago já está pronta
para sair e correr o mundo. A sessão de ante-estreia acontece no Teatro
Nacional São João, no Porto. Mesmo essa decisão tem sua força simbólica: foi
nesta cidade que a 19 de setembro de 1887 nasceu Ricardo Reis.</div> <o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">O filme que o faz regressar de um
todo a sua terra natal lida, como o título enuncia, com sua morte. Este foi o
único dos heterônimos de Fernando Pessoa cujo destino pareceu envolvo nas
brumas de um desaparecimento nas selvas do Brasil, país para onde migrou tão
logo estourou em 1919 uma rebelião que defendia, em plena república, restaurar uma
Monarquia do Norte. O romance de José Saramago acrescenta o destino que faltou
a Reis e este ganhou o movimento das imagens em preto-e-branco pelas lentes de
João Botelho.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Depois, o filme ganha estreia nos
cinemas portugueses que começam a regressar timidamente depois da primeira onda
do Corona vírus na Europa. Ainda não existe previsão de quando chegará ao
Brasil.</div> <o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Para mais informações visite <a href="https://www.tnsj.pt/pt/espetaculos/5914/o-ano-da-morte-de-ricardo-reis" target="_blank">aqui</a>.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">E, para ver o trailer, visite
<a href="https://hotblogumcadernoparasaramago.blogspot.com/2020/01/divulgado-o-primeiro-trailer-para.html">aqui</a>.</div><i><div style="text-align: justify;"><i><o:p> </o:p></i></div></i></div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-46169272937896244212020-09-14T13:51:00.002-07:002020-09-14T13:51:22.717-07:00 Mario Benedetti visto por José Saramago<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1200" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj16rPFDP6ba07-2bfb_ZNdnAG5lxxPurZDymTnlvxPxZyaPIwOXCZbj_DawauvMVhECq6-V9K2UW4adEav8w-PNsRgM-QivHy4l4f8NJ4-HqvSe1Tyt5y6HgoFSsbyLzZhdPB7zcvISQ/w400-h300/saramago+%252B+benedetti.jpg" width="400" /></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A admiração e a amizade de José Saramago
por Mario Benedetti estão em vários registros públicos. Três deles aparecem no
mês de maio de 2009, entre a convalescença e a morte do escritor uruguaio, no
blog mantido pelo amigo português havia um ano. Neste dia 14 de setembro de
2020, quando se passa o centenário de Benedetti, eis os textos. Com eles, junta-se
uma nota publicada no jornal <i>El País</i>. A cada texto estão as referências
para explicar a procedência da matéria.</div> <o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">BENEDETTI</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">O susto foi grande, Mario Benedetti
estava no hospital e o seu estado era considerado grave. Ángel González
foi-se-nos quase sem aviso, numa fria madrugada de Janeiro. Que agora fosse a
vida de Benedetti a estar em perigo lá no seu distante Montevidéu era algo que
a preocupação aqui despertada não se resignava a aceitar. E, contudo, nada
podíamos fazer. Enviar telegramas, à antiga usança? Mandar recados por algum
amigo? Rezar uma oração pelo seu pronto restabelecimento, se com isso não
fôssemos provocar a ira laica de Mario? Pilar encontrou a solução. Que era em
verdade Mario Benedetti, que havia sido ele em toda a sua vida, muito
mais que as múltiplas profissões exercidas? Poeta. Então arranquemos os seus
poemas à imobilidade da página e façamos com eles uma nuvem de palavras, de
sons, de música, que atravesse o mar atlântico (as palavras, os sons, a música
de Benedetti) e se detenha, como uma orquestra protectora, diante da janela que
está proibido abrir, embalando-lhe o sono e fazendo-o sorrir ao despertar. Aos
médicos alguma coisa se ficou a dever, reconheçamo-lo, mas nós, todos os que ao
redor do mundo demos a nossa contribuição pessoal, juntando poemas de Benedetti
aos poemas de Benedetti, tivemos também a nossa parte no trabalho. Mario
Benedetti está melhor. Leiamos então um poema dele.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">(SARAMAGO, José. “4 de maio de
2009: Benedetti”. In: <i>O caderno 2</i>. Lisboa: Caminho; Fundação José
Saramago, 2009, p.76-77)</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">POETAS E POESIA</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Não será com todos nem será
sempre, mas às vezes acontece o que estamos vendo nestes dias: que, por ter
morrido um poeta aparecem, em todo o mundo, leitores de poesia que se declaram
devotos de Mario Benedetti e que precisam de um poema que expresse o seu desconsolo
e talvez também para recordar um passado em que a poesia teve lugar permanente,
quando hoje é a economia que nos impede de dormir. Assim, vemos que de repente
se estabelece um tráfico de poesia que deve ter deixado perplexos os medidores
oficiais, porque de um continente a outro saltam mensagens estranhas, de
factura original, linha curtas que parecem dizer mais do que à primeira vista
se crê. Os decifradores de códigos não têm mãos a medir, há demasiados enigmas
para decifrar, demasiados abraços e demasiada música acompanhando sentimentos
que são demasiados: o mundo não poderia suportar muitos dias desta intensidade
emocional, mas tão-pouco, sem a poesia que hoje se expressa, seríamos
inteiramente humanos. E isto, em poucas linhas, é o que está sucedendo: morreu
Mario Benedetti em Montevideo e o planeta tornou-se pequeno para albergar a
emoção das pessoas. De súbito os livros abriram-se e começaram a expandir-se em
versos, versos de despedida, versos de militância, versos de amor, as
constantes da vida de Benedetti, junto à sua pátria, aos seus amigos, ao
futebol e alguns boliches de trago largo e noites mais largas ainda. Morreu
Benedetti, esse poeta que soube fazer-nos viver os nossos momentos mais íntimos
e as nossas raivas menos ocultas. Se com os seus poemas saímos à rua – lado a
lado somos muito mais que dois –, se lendo “Geografias”, por exemplo,
aprendemos a amar um país pequeno e um continente grande, agora, segundo as
cartas que chegam à Fundação, recuperaram-se momentos de amor que deram sentido
a tempos passados, e quem sabe se presentes. Isso também o devemos a Benedetti,
ao poeta que ao morrer fez de nós herdeiros da bagagem de uma vida fora do
comum.</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">(SARAMAGO, José. “19 de maio de
2009: Poetas e poesia”. In: <i>O caderno 2</i>. Lisboa: Caminho; Fundação José
Saramago, 2009, p.93-94)</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">TANIA E MARIO: A LIBERDADE</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">Não é verdade que o mundo está
todo descoberto. O mundo não é apenas a geografia com seus vales e montanhas,
seus rios e seus lagos, suas planícies, os grandes mares, as cidades e as ruas,
os desertos que veem passar o tempo, o tempo que nos vê passar por todos. O mundo
é também as vozes humanas, esse milagre da palavra que se repete todos os dias,
como uma coroa de sons viajando no espaço. Muitas dessas vozes cantam, algumas
cantam verdadeiramente. A primeira vez que ouvi Tania Libertad cantar tive a
revelação das alturas da emoção que pode nos levar uma voz límpida, sozinha
diante do mundo, sem nenhum instrumento que a acompanhe. Tania cantava à capela
“La paloma”, de Rafael Alberti, e cada nota acariciava uma corda de minha
sensibilidade até alcançar o deslumbramento. Agora, Tanina Libertad canta Mario
Benedetti, esse grande poeta a quem também lhe serviria o nome de Mario
Libertad... São duas vozes humanas, profundamente humanas, que a música da
poesia e a poesia da música juntaram. Dele, as palavras, dela, a voz. Ouvindo-as
estamos mais próximos do mundo, mais próximos da liberdade, mais próximos de
nós mesmos.</div> <div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">José Saramago, nota para o disco <i>Ese
parentésis la vida</i>, de Tania Libertad. Tradução de Pedro Fernandes de Oliveira
Neto a partir de “Tania y Mario: la libertad”, publicado em <i>Outros cadernos
de Saramago</i>, dia 19 de maio de 2009. A nota também foi reunida em <i>O
caderno 2</i> (Lisboa: Caminho; Fundação José Saramago, 2009, p.94-95)</span></div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">UM AMIGO, UM IRMÃO</div><o:p><div style="text-align: justify;"> </div></o:p><div style="text-align: justify;">A obra de Mario Benedetti, amigo, irmão, é surpreendente em todos os aspectos, seja pela extensão na variedade de gêneros que toca, seja pela densidade de sua expressão poética e pela extrema liberdade conceitual que utiliza. O léxico de Benedetti ignorou deliberadamente a suposta existência de palavras <i>poéticas</i> e de outras que não são. Para Benedetti, a língua, na sua totalidade, é poética. Lida a partir desta perspectiva, a obra do grande poeta uruguaio se nos apresenta, não apenas como soma de uma experiência vital, mas, sobretudo, como a busca persistente e conseguida de um sentido, o do ser humano no planeta, no país, na cidade ou na aldeia, em sua casa simplesmente ou na ação coletiva. São muitas as razões que nos levam à leitura de Benedetti. Talvez a principal seja essa, precisamente: que o poeta se converteu em voz de seu próprio povo. Ou seja, em poeta universal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">José Saramago, artigo publicado no jornal <i>El País</i>, em 18 de maio de 2009. Tradução de Pedro Fernandes de Oliveira Neto.</span></div><div><br /></div></div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><p style="text-align: left;"></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p></o:p></p><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"></div></div></div>Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-69471524830513708672020-08-03T13:32:00.001-07:002020-09-27T13:34:25.683-07:00Uma “instalação sonora” a partir do “Ensaio sobre a cegueira”, de José Saramago<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="750" data-original-width="1200" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDTcsK9702SeGFTHHpnnVXC_-Hr2PMBg6bLL7Bp-ja_yTIytcXqCTU0zEZCOK6TwRSVi7DOkmjGwzLYT71dwUXAoTVHqc8JnWyh_F9UfQpavehMVtVoj33s_GgfjNYM7dxAokFHDel1Q/w400-h250/Saramago-Donmar.jpeg" width="400" /></div><br /><p></p><div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;"><o:p> <br /><div style="text-align: justify;">O Teatro Donmar colocou em cena
uma adaptação de Simon Stephens a partir do romance <i>Ensaio sobre a cegueira</i>,
de José Saramago. Encenado por Walter Meierjohann, os espectadores ouvem o
texto narrado pela atriz Juliet Stevenson através de fones de ouvido. Iniciada a
partir do 1º de agosto, o <i>experimento</i> fica em cartaz até o dia 22 e é um
dos primeiros movimentos da cultura londrina posterior à primeira onda do
Coronavírus. Para o diretor, a ideia há muito existia, mas as novas condições impostas
com a pandemia foram decisivas para sua concretização.</div></o:p></div><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm;"><o:p></o:p></p>Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-33509696040552687272020-08-01T15:05:00.000-07:002020-08-01T15:49:46.131-07:00Um encontro para discutir o José Saramago romancista e jornalista<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1216" data-original-width="1600" height="303" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJUZ9_yfGWTaUFVQdMWUDo8y02WF3FFdhH6s0Hd_8UQGR9WTgNq_1P5L6sVPAjDCNDMVoiQ-hXw19HcHL-bFQlbcOiIaOM7bwNqFr5MlVtwJanz_wNAj3b3pwLlT2PjhInAOqPHTcexw/s400/saramago-anos50.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
O Programa
de Pós-graduação em Estudos da Mídia (PPgEM) e o Departamento de Comunicação
Social (Decom) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) promovem
o I COMUNIC-AÇÃO: pesquisa, ensino e democracia, durante 22 de junho a 03
de agosto de 2020. O objetivo do título e do projeto é reforçar a ideia da
comunicação aplicada ao cotidiano, apresentar resultados de pesquisas e do
conhecimento gerado, contribuir para formação dos discentes da graduação e da
pós-graduação por meio da oferta de atividades complementares (que contarão
como crédito curricular), e enfatizar que a comunicação plena, no sentido da
interação, só pode ocorrer um ambiente plural e democrático. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
O evento
finaliza no dia 3 de agosto com uma sessão de diálogos intitulada “Jornalismo,
literatura e política: o legado do intelectual e romancista José Saramago”. A
conversa que se inicia a partir das 16h online reúne Henrique Mendes, Pedro
Fernandes de Oliveira Neto e Maria do Socorro Furtado Veloso. A ideia é
percorrer do período formativo do escritor português, com destaque para suas
atividades como jornalista, a alguns dos temas fundamentais da sua literatura,
o diálogo que estes mantêm com as questões contemporâneas, e os lugares que se
formam a partir do pensamento crítico e intelectual.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Todas as
informações sobre inscrições estão disponíveis <a href="https://www.even3.com.br/comunic_acao/">aqui</a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-76293471919340536002020-07-31T09:42:00.001-07:002020-10-09T09:48:05.671-07:00Os 10 anos sobre morte de José Saramago lembrados pela Revista USP<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1403" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguMzYI5qNEEDj0NSaWBEMXj6fUEkHPpoWqhrmGu8mO2etRYgFskZA1gnzTnRYZj_jJ9O6DgEXnBvGj6fKQ2rqpNTsLwt7CCjfz9LDiiweUFW9yKwZh4PVPMMz0zFgniRa_FOhabzx2BQ/w274-h400/cover_issue_11571_pt_BR.jpg" width="274" /></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 18 de junho de 2020 passou-se uma década sobre a morte de José Saramago. Para sublinhar a data o Professor Jean Pierre Chauvin organiza o <i>Dossiê Saramago</i> para o número 125 da <i>Revista USP </i>com textos de pesquisadores da casa, da Universidade Federal de São Paulo e da Universidade Estadual de Campinas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para ler a edição online, visite <b><a href="https://www.revistas.usp.br/revusp/issue/view/11571" target="_blank">aqui</a></b>.</div></div>Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-79037951776314877012020-06-24T10:31:00.001-07:002020-09-02T10:43:31.757-07:00Revista estadunidense dedica publicação à obra de José Saramago<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="615" data-original-width="479" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji047sUnjNPk5DFxBmUcGWxnGR_JwpCSa3sBKQPIDOinyZ_nYri-I027MYQ0cnaVFvZIURdtG1yoQFC1E6VXB3ifcpOhlfFeXSih5O8rFBE9KkuNtqCa5JbGvCHTm3CyJlV13VWpB0zA/w311-h400/EbSfF7vX0AEjzxV.jpg" width="311" /></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A publicação digital <i>Santa Barbara Portuguese Studies</i>, da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, dedicou seu quinto volume à obra de José Saramago. Organizado pelo Professor Burghard Baltrush, da Cátedra Internacional José Saramago, sediada na Universidade de Vigo, e Antía Monteagudo Alonso, este número sublinha os 10 anos sobre a morte do escritor português. Ao todo, a revista reúne treze textos orientados por perspectivas não apenas procedentes da crítica literária, mas incluindo também a partir da filosofia, das ciências políticas, da psicanálise e das relações entre literatura e cinema, tal como sublinha-se na introdução para o material.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O material pode ser acessado <b><a href="https://sbps.spanport.ucsb.edu/volume/5">aqui</a></b>. </div><p></p>Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-91412383044073051842020-06-16T09:23:00.002-07:002020-06-16T09:23:53.154-07:0018 de junho de 2020, uma década sem José Saramago<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="429" data-original-width="620" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT6E_dm3_0DbNsyjav5E-k8eFI7iRwFWhwWTcXAA4mMpIdo-Zv3_rl8vo1damDlfa801nNPFiCm8D9F1ve1PrXTiuTVN-8exXYgh-SDHcSenfhfc6ZMAZZrDRTMZojFXtBwCEqe-jNVQ/s400/saramago12.jpg" width="400" /></div>
<br />
<br />
Em 2020 passam-se dez anos sobre a morte de José Saramago, o primeiro nome das literaturas de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura. Para sublinhar a data, um programa com atividades variadas começa a ser colocado em prática a partir do dia 18 de junho. Nesta publicação <i>in progress</i>, um registro com as informações que aqui chegam sobre eventos.<br />
<br />
<b>LEITURA DO QUE SERIA O ÚLTIMO ROMANCE DE JOSÉ SARAMAGO</b><br />
Essa atividade é organizada pela Fundação
José Saramago<br />
<br />
<i>Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas</i> é o romance que José Saramago estava a escrever quando, no dia 18 de junho, “deixou de estar”, como gostava de se referir à morte. O livro, tal qual o escritor o havia deixado, foi publicado em 2014 (no Brasil, pela Companhia das Letras com ilustrações de Günter Grass). Além dos três primeiros capítulos, que começam a desvelar a história de Artur Paz Semedo, um homem em conflito moral por trabalhar numa fábrica de armamento, foram também publicadas as notas que José Saramago fez como preparação prévia para a escrita do romance. O livro será lido pelos atores André Levy, Joana Manuel e Tiago
Rodrigues. A sessão, que será transmitida por streaming pelo Maple Live, terá lugar no
auditório da FJS às 18h30 (horário de Portugal). O custo do bilhete virtual é de 3€ e o acesso é
feito através deste <a href="https://www.crowdcast.io/e/fjsaramago20200618-alabardas" target="_blank">link</a>.<br />
<br />
<br />
<b>UMA CONVERSA COM O PROFESSOR HORÁCIO COSTA</b><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Essa atividade é organizada pelo Grupo de Pesquisa Colonialismo e Pós-Colonialismo em Português </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
O encontro sob responsabilidade da Professora Fátima Bueno é organizado pelos Professores Tania Antonietti-Lopes, José Vanzelli e Penélope E. A. Salles. Acontece a partir das 19h (horário de Brasília) em transmissão online no dia 18 de junho. O acesso ao evento pode ser feito através deste <a href="https://meet.google.com/usc-abxq-hxz" target="_blank">link</a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>UM SEMPRE UM PAPO EM CASA</b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
Sequência de atividades virtuais do projeto "Sempre Um Papo"</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
O
encontro virtual reúne a jornalista e presidenta da Fundação José Saramago, Pilar del Río, o editor da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz e o Professor da Universidade de Coimbra, Carlos Reis, mediados por
Afonso Borges. O evento acontece no 18 de junho, às 19h (horário de Brasília) no <a href="https://bit.ly/2X8C3eU" target="_blank">Canal no Youtube</a> <br />
<br />
<br />
<b>EXIBIÇÃO DE DOCUMENTÁRIO E DEBATE</b><br />
Atividade desenvolvida pelo Cardume Filmes<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
O canal de <i>streaming </i>dedicado ao cinema brasileiro realiza uma sessão virtual seguida de debate do média-metragem <i>um humanista
por acaso escritor</i>, documentário produzido e filmado seguindo alguns dos
rastros de Saramago pelo mundo. O filme, dirigido por Leandro Lopes, percorre
vestígios do autor, esposo, avô e, acima de tudo, humanista, que usou os
microfones disponíveis enquanto escritor para gritar os problemas do
mundo. O filme é
permeado por depoimentos e imagens por onde José Saramago viveu (Azinhaga, cidade
natal; Lisboa, lugar da maturidade literária; Lanzarote, ambiente do sucesso
como escritor) e áudios de entrevistas e palestras ministradas pelo escritor
pelo mundo. Entre os entrevistados estão os escritores Valter Hugo Mãe, Andréa
Del Fuego e Gonçalo M. Tavares; a presidenta da Fundação José Saramago Pilar Del Rio; e o diretor do filme <i>José e Pilar</i>, Miguel
Gonçalves Mendes. A exibição
será aberta e gratuita no <a href="https://www.youtube.com/channel/UCLgSpLBLVDTdyGiMfpkTEEQ" target="_blank">canal da Cardume no Youtube</a>, seguida de debate com o
diretor do filme, Leandro Lopes, e convidados, como o diretor de comunicação da
Fundação José Saramago, em Lisboa, Ricardo Viel e Pedro Fernandes, editor da
Revista de Estudos Saramaguianos. Tudo começa pelas 19h do dia 18 de junho de 2020.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-39511126321803603192020-05-27T09:28:00.001-07:002020-10-09T09:40:23.266-07:00Os trinta anos da publicação de "História do cerco de Lisboa" lembrados pela Revista Estudos Avançados<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1000" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ_HDyhZc9xKDlGXCfYv4Ofb1R9I3X-ofOf5apPXMIvI8AYkB0ppaTYXLnHXjHH18bCvk6rJXqXWf4DLX0LLZ3BxCVGFwsGuEOXSCupsSkwDieCVWnovkA_9ynls_vluUZIEQoMQ_gSQ/w266-h400/14180729823.jpg" width="266" /></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">A Revista Estudos Avançados, publicação quadrimestral do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, acrescenta ao n.98 uma seção dedicada ao romance <i>História do cerco de Lisboa</i>, de José Saramago. O material assinala as três décadas de publicação deste romance; são textos resultados de um colóquio também dedicado à discussão sobre o livro. Os textos da seção são de Jaime Bertoluci, Marcelo Lachat e Jean Pierre Chauvin. <br /><br />O material está disponível <b><a href="http://www.revistas.usp.br/eav/issue/view/11502" target="_blank">aqui</a></b>. </p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-70689679616715196302020-05-25T08:01:00.001-07:002020-05-25T09:26:32.884-07:00Maria Velho da Costa e José Saramago, relações<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1397" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhATG60t_unU1lSBLjfYGsqTb6u4nbf0Kh9ZqQG8P3YdIkvRKPOHXe4ZJQ_Zwrh_Kuwx0utPdwp5RMr5kNb3ZqVGkCvzlzRZ2X5v27jHOaPyMDzsRQkFhIp-o2MSYkVvZFDwigOp0ZXZA/s400/poetica-dos-cinco-sentidos.jpg" width="308" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
No dia 13 de
outubro de 1998, em depoimento para o jornal <i>Diário de Notícias</i>, Maria
Velho da Costa assim se referiu ao Prêmio Nobel de Literatura então atribuído a
José Saramago:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
“Recebi a
notícia com muita alegria. A primeira reacção foi infantil e espontânea, porque
é uma pessoa por quem tenho muita estima e respeito, por termos passado juntos
por experiências políticas e profissionais. A segunda foi mais elaborada: só
lhe posso desejar a continuação de felicidades, que ele mereceu após tantos
anos de dificuldades na via.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Em 1979, ela
dividiu espaço com o escritor no livro <i>Poética</i> <i>dos</i> <i>cinco
sentidos</i>. A escrita dessa obra foi encomendada pela editora Bertrand; os
convidados deviam escrever sobre cada um dos seis tapetes que compõem a tapeçaria
“La Dame à la Licorne” (A dama e o unicórnio), conservados no Museu de Cluny,
em Paris. As peças foram tecidas no vale de Loira em torno de 1500.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Os textos decorrentes
dessa inspiração estão alinhados pelo tom alegórico que cada um dos escritores
se valeu para interpretar as representações dos tapetes: o texto que Maria Velho
da Costa escreveu foi “A vista”; José Saramago, “O ouvido”; Augusto Abelaira, “O
olfato”; Nuno Bragança, “O gosto”; Ana Hatherly, “O tato”; e Isabel da Nóbrega, “A
sexta”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
No correr
dos <i>Cadernos de Lanzarote </i>saltam ocasiões de encontros dos
dois escritores, como a visita que realizaram com Vergílio Ferreira e Maria Lourdes Belchior a uma escola nos Estados Unidos em
1984 a convite de Mécia de Sena ou a participação numa mesa em 1994 com Almeida Faria sobre o tema
“Caminhos do romance contemporâneo”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Maria Velho
da Costa ficou reconhecida com a publicação censurada em 1972, <i>Novas cartas
portuguesas</i>, obra que, diferente de <i>Poética dos cinco sentidos</i>, é
manifestamente de escrita e autoria híbridas (com Maria Isabel Barreno e Maria
Teresa Horta). Escreveu, dentre outros, <i>Maina Mendes</i> (1969), <i>Casas
pardas</i> (1977) e <i>Myra</i> (2008). Pela sua obra, recebeu inúmeros
prêmios, entre eles, o Prêmio Camões em 2002. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Nascida em
Lisboa, em 1938, Maria Velho da Costa faria 82 anos no próximo dia 26 de junho.
A escritora morreu neste 23 de maio de 2020 em Lisboa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>Por Pedro Fernandes</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Co-diretor da Revista de Estudos Saramaguianos</div>
<br />Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-6936501127431564732020-05-11T14:06:00.000-07:002020-05-20T14:07:04.036-07:00A Revista de Estudos Saramaguianos prepara edição sobre "Levantado do chão"<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="1046" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-KpqOYolLqIIdP7q548kvdyjUnEd6cRIqM8sKQkiMCPK6PgLVaGk2kNevqRHNDpqEuIYbe6g7XE2ahBp2ppGbqx5ddGNrbMi8SP24U3RhDsbexxdjTgzNtDyQtrBe3fUk3IV8lgMkdg/s400/21359543591.jpg" width="278" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Em 2020
celebramos quatro décadas da primeira edição deste que é considerado o romance
com o qual José Saramago inaugura seu estilo único de narrar – <i>Levantado
do chão</i>. Situando-se num arco de três gerações da família de trabalhadores
rurais do interior do Alentejo, as narrativas conformadas neste livro são a um
só tempo, uma revisitação sobre a tradição, a memória, a história de luta dos
camponeses em Portugal e seu levante contra as forças de opressão do poder
dominante. A relevância desta obra, portanto, se define, entre outras
determinantes, pelo papel na construção do universo ficcional saramaguiano e na
tradição literária sobre as relações do homem e as ideologias de seu tempo.” </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim justifica a <i>Revista de Estudos Saramaguianos</i> a publicação do dossiê “Voltar a Levantado do chão, um romance
dentro e fora de seu tempo”. Interessados em enviar textos para compor esta edição a se publicar em agosto de 2020, podem fazê-lo até o dia 30 de junho de 2020. As informações sobre como preparar os textos estão <a href="https://estudossaramaguianos.com/diretrizes-directivas-guidelines/" target="_blank">aqui</a>.</div>
<o:p></o:p><br />
<br />Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-82775312840612946522020-02-10T15:50:00.000-08:002020-05-27T16:43:45.593-07:00Novo título da Coleção Estudos Saramaguianos reúne estudos sobre o romance "Ensaio sobre a cegueira"<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1176" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoUuvZrVhamFuDV9dHf3nByPCcXQ_t_a8r_mNC_DS3HmU0VkPY3pKUnMXV43cFG-OPQdujiy2gjGEjBoNvfXB0oGwjX8tE9_NNCaXLBbI2z4p4ax2mUE1mKdcBTrwVWvvKjnxcTgo1gA/s400/pe%25C3%25A7as-para-um-ensaio-loja-3d.png" width="293" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Chama-se <i>Peças para
um ensaio</i>. O livro é organizado pelo Professor Pedro Fernandes de Oliveira Neto e reúne em quatro centenas de páginas dezessete textos sobre uma das obras, se não principal, entre as
mais conhecidas e, portanto, fundamental para a literatura de José
Saramago: <i>Ensaio sobre a cegueira</i>. Publicado em 1995, este romance se
consolida como uma leitura simultaneamente ousada e inesgotável sobre a moral e
a condição humana no interior de um tempo quando o ideal de civilização
atravessa um longo e penoso crepúsculo. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
"Os múltiplos olhares designados sob o
termo peças, também os objetos que dão forma a um objeto maior, constituem na
esteira do romance em questão, um ensaio, este redigido a várias mãos e
interessado em evidenciar (ou mesmo estabelecer novos) itinerários de leitura e
interrogações continuamente atuais só propiciadas através de objetos culturais
como a literatura", diz a sinopse divulgada pela casa editorial que tem publicado os livros da Coleção Estudos Saramaguianos, no interior da qual está albergado esta coletânea.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Esta coleção tem como objetivo resgatar estudos valiosos para a bibliografia crítica da obra de José Saramago; a este trabalho, visa apresentar ainda novas leituras, compondo um rico diálogo capaz de oferecer uma rica tessitura sobre a literatura do escritor ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1998. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Os autores que aparecem em <i>Peças para o ensaio </i>são, além do organizador da coletânea, Miguel Real, Begoña
Ortega Villaro, Sandra
Ferreira, Miguel
Alberto Koleff, Monica
Figueiredo, Cleomar
Pinheiro Sotta, Tania Mara
Antonietti Lopes, Odil José de
Oliveira Filho, Miriam
Giberti P. Pallotta, Maiquel
Röhrig, Horácio
Costa, Teresa
Cristina Cerdeira, Cesar Kiraly, Odete
Jubilado, Orlando Grossegesse, Ana Paula
Arnaut e Sara de
Almeida Leite.<br />
<br />
O livro pode ser adquirido <a href="https://editoramoinhos.com.br/loja/pecas-para-um-ensaio/" target="_blank">aqui</a>. </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-35837610445010731502020-02-03T16:32:00.000-08:002020-02-03T16:32:50.716-08:00Morreu George Steiner, um crítico de relações esparsas com a obra de José Saramago<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMuzjZc7py6GXGOr_QRqz4Yos3kPLUmCEfekD-tquXd9D5HrJxnq2-H54GoZ4qZQnfkTF0nh3Jav-aR59MSPoTScEgpUQfWLJ29JJRpcEka8BFNFkDd-2BHSpGIvFJIQtgXeh-a33wBQ/s400/steiner.webp" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br />
<div style="text-align: justify;">
Para o <i>Times Literary Supplement</i>, George Steiner leu <i>O ano da morte
de Ricardo Reis </i>como um romance que nos apresenta uma Lisboa viciante e viciada, “um romance político importante, que também lança uma
luz aguda sobre um dos temas mais antigos e aparentemente mais comuns: as aproximações
entre a criação poética e a morte”¹. O romance em questão havia sido publicado
em 1991 em língua inglesa com tradução de Giovanni Pontiero. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
Da parte do
escritor português, verifica-se que seu contato (pela leitura) com Steiner
vinha de longe. Numa das entradas para os seus diários, comenta sobre um livro
de Ignacio Echevarria sobre o crítico – <i>George Steiner en diálogo con Ramin
Jahanbegloo</i> (1994): “Não conheço com suficiência bastante a obra de Steiner
para confrontar pontos de vista meus com os de Echevarria. Em todo caso,
parece-me redutora e parcial uma leitura que atribui a Steiner o propósito de recuperar
o sentido perdido do mundo ‘através da experiência estética, da restituição de
uma transcendência que emana da experiência estética, da restituição de uma
transcendência que emana da obra de arte’. Bem ingénuo seria Steiner, acho eu, se
pusesse na experiência estética, por mais sublime que ela fosse, as esperanças que
tenha (se é que as tem) de dar sentido a um mundo que ele próprio declara ter
já deixado de ser seu. Nem vejo como se transitaria da percepção de uma suposta
transcendência de raiz estética àquilo que, no fim de contas, é o motivo condutor
do pensamento de Steiner, condensado nestas suas palavras: ‘Todas as minhas
categorias são éticas.’ Partindo daqui, creio que se tornam claras as razoes
por que George Steiner se considera a si mesmo um ‘sobrevivente’, razoes que
serão semelhantes, se não analiso mal, às que julgo ter encontrado em Sábato,
semelhantes também às de Leonardo Sciascia, semelhantes ainda às de Günter Grass...
Afinal, talvez o mundo devesse dar um pouco mais de atenção ao que ainda têm
para dizer-lhe os ‘sobreviventes’. Antes que se acabem...”²<i> </i><o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
Noutra
ocasião, agora para <i>The New Yorker</i>, o crítico franco-estadunidense citou
outra vez <i>O ano da morte de Ricardo Reis</i> como “um dos maiores romances
da literatura europeia recente” e, na mesma ocasião, emendou que “nada de tão
apurado se escreveu sobre Pessoa e seus tons contraditórios”³. Saramago recorta
a passagem do texto em questão nos seus <i>Cadernos de Lanzarote</i> e afirma sobre
seu distanciamento físico de Steiner: “não conheço George Steiner, nunca o vi,
nunca lhe falei, enfim, estou inocente...” Quando morreu, em 2010, entre as coisas
mais próximas às leituras possíveis de José Saramago estavam os textos que Steiner
havia publicado nessa revista.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
Mas, de George Steiner, a simpatia pareceu se apagar apenas em torno d'<i>O ano da morte de Ricardo Reis</i>. Muitos anos mais tarde, já sem a presença do seu autor, o crítico colocou o dedo na suposta rivalidade entre o escritor Prêmio Nobel de Literatura e António Lobo Antunes, redizendo que aquele não era o maior escritor português da atualidade e sim o autor de <i>As naus</i>. Em matéria para a revista <i>Ler</i>, confessou que o maior galardão das letras devia ter sido partilhado entre os dois escritores.</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
Frequentemente
lembrado como reformista do papel do crítico, George Steiner deixou vasta obra
no ensaio, teoria e romance. O franco-americano escreveu extensivamente sobre a
relação linguagem, literatura e sociedade e as implicações do Holocausto. Foi
professor de Inglês e Literatura Comparada na Universidade de Genebra, Oxford e
Poesia na Universidade de Harvard. Da sua obra, chegou ao Brasil títulos como <i>Nenhuma
paixão desperdiçada</i>, <i>Lições dos mestres</i>, <i>Tigres no espelho e
outros textos da revista</i> The New Yorker, <i>No castelo do Barba Azul</i>, <i>A
morte da tragédia</i>, <i>Tolstói ou Dostoiévski</i> e <i>Aqueles que queimam
livros</i>, o mais recente traduzido por aqui. George Steiner nasceu em
Neuilly-sur-Seine, na França, em 1919; vivia em Cambridge, no Reino Unido. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
¹ A tradução
livre é do excerto exposto na capa da edição estadunidense de <i>O ano da morte
de Ricardo Reis</i>: “This is major political novel, which also throws a sharp
light on one of the oldest and apparently most eroded of themes: the intimacies
between the creation of poetry and death.”<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
² O excerto
é da entrada para o dia 8 de janeiro de 1995, copiada nos <i>Cadernos de
Lanzarote</i>. <i>Diário 3</i> (Companhia das Letras, 1997, p.453).<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
³ O excerto
é do texto “Foursome”, publicado em <i>The New Yorker</i> a 8 de janeiro de
1996. A passagem seguinte está nos <i>Cadernos de Lanzarote</i>. <i>Diário 4</i>
(Companhia das Letras, 1999, p.12).<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-39270435386607542020-01-27T16:40:00.000-08:002020-02-09T10:16:58.161-08:00Divulgado o primeiro trailer para a adaptação de O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1362" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz2lrdZWjHBA-OmkzSTjLoqrt9QLmW7_vnUdNvxnITNA_uy35JFGtzjl9Nv6nPzPzcCdWKCzEUDqjToTJhYKfmi_CWEP5jMrg353aDurPH-6PD1mukDlNpCjdZdNZ5OqJjsQWM6ThDTA/s640/o-ano-da-morte-de-r-reis-film.png" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi em setembro de 2018 quando a Fundação José Saramago noticiou em seus canais um filme a partir do romance <i>O ano da morte de Ricardo Reis</i>. Agora, outra boa novidade, na continuação entre o nascimento da ideia e sua consolidação: saiu o primeiro trailer do filme. O trabalho é do diretor português João Botelho que regressa a um projeto do gênero desde quando filmou <i>Os Maias</i>, de Eça de Queirós, em 2014. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Publicado em 1984, o romance de José Saramago recupera o heterônimo de Fernando Pessoa, o único sobre o qual seu criador não deixou notícias de sua morte, em regresso do Brasil e mergulhado numa Lisboa cercada de complexas situações históricas, incluindo a morte do poeta de <i>Mensagem</i>, o nascimento nazifascismo e da ditadura militar salazarista. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O filme de Botelho traz o ator brasileiro Chico Diaz no papel principal. Além de Saramago e Eça, o cineasta já realizou adaptações do próprio Pessoa, <i>Filme do desassossego</i> e de Fernão Mendes Pinto, <i>Peregrinação</i>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://vimeo.com/386731575" target="_blank">Veja o trailer aqui</a></b>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dySkc7sSj_J8uKy4M3R4MJ2txtgsCKjmWC4y9wo0YQ1bIDDnSerjvO79Cfpax6LAt_8ggo7LwRm_99t2yWOaw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<br /></div>
Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-78082136385296721412020-01-09T10:54:00.003-08:002020-01-09T10:54:47.381-08:00100 anos de João Cabral de Melo Neto<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1291" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh24Y0Q7rEFqWlMkSadJDf1B3K9dbMgZcdRfWDGsZcnfd7VBmj5lYB_yRn77WD4IG5pu9MhgPmq-Nhc8x0lbepTgQSYCqVPWfqQ9C-IQm2UCxa4McXmx9pnjhd7ZFP_HW8vnk2E7hKVIQ/s400/Joao_Cabral_de_Melo_Neto_por_Eder_Chiodetto.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="322" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Eder Chiodetto</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br style="mso-special-character: line-break;" />
<!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
No dia 22 de
outubro de 1994, José Saramago está em Madri. O registro nos <i>Cadernos de
Lanzarote</i> mostra o escritor envolvido numa série de atividades próprias
de sua profissão. Quatro dias depois, encontrou-se com João Cabral de Melo
Neto. O poeta brasileiro recebia na ocasião, o Prêmio Rainha Sofía de Poesia
Iberoamericana. Assim, recorda o amigo português:</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<i>João
Cabral de Melo Neto recebeu hoje, aqui em Madrid, das mãos da rainha, o Prémio
Reina Sofía de Poesia Iberoamericana. Disse-me que perdeu a visão central, as
suas primeiras palavras foram mesmo: 'Estou cego', e eu só pude abraçá-lo com
força. Mais tarde pensei nos meus cegos do </i>Ensaio <i>[sobre a cegueira]' e
achei-os insignificantes diante da realidade pungente daqueles olhos perdidos.
Cego, João Cabral, o maior poeta de língua portuguesa vivo, com perdão dos
outros que também são grandes... O discurso de agradecimento, lido pelo embaixador do Brasil, foi muito belo, de uma serenidade profunda, como de alguém que, por cima das tristes dores da vida, está em paz consigo mesmo.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
João Cabral de Melo Neto nasceu a 9 de janeiro de 1920. </div>
<br />Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-66651169978763946212020-01-06T14:54:00.000-08:002020-06-21T15:20:51.667-07:00Livro reúne textos sobre a obra de José Saramago e José Cardoso Pires<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv7fBLkvw1yo1KI4wUvoOlh3aPqf7kHZB6Igc8tKwwuCZKvbkPWdtjbTyb4ZA_jj425wWtOp_KGpqbSWtgdEMmkmhUWq2bLQAax9dT3_ver6uoEXqYPQIev5mxryzKlFNPyfMO14SQhQ/s400/78278647_2869485989749889_7211214729518252032_n.jpg" width="400" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O ano de 2018 foi marcado por duas efemérides sublinhadas com um evento internacional da Cátedra Jorge de Sena: duas décadas da atribuição do Prêmio Nobel de Literatura a José Saramago e duas décadas sobre a morte de José Cardoso Pires. <i>E agora José (s)? José Saramago e José Cardoso Pires 20 anos depois</i> reuniu pesquisadores e leitores dos dois escritores portugueses em novembro na Universidade Federal do Rio de Janeiro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os textos das intervenções foram reunidos por Teresa Cristina Cerdeira, Luci Ruas, Maximiliano Torres, Monica Figueiredo, Rafael Santana e Victor Azevedo num livro que repete o título do congresso. O livro publicado pela editora mineira Moinhos chega aos leitores. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A publicação impressa está dividida em duas partes: na primeira, sobre a obra de José Saramago, estão textos de Carlos Reis, Teresa Cristina Cerdeira, Ângela Beatriz de Carvalho Faria, Horácio Costa, Jane Tutikian, Marcelo Pacheco Soares, Maria Carolina de Oliveira Barbosa Gama, Monica Figueiredo, Pedro Fernandes de Oliveira Neto e Silvio Renato Jorge; na segunda, por sua vez, textos sobre a obra de José Cardoso Pires de Maria Luiza Scher Pereira, Isabel Pires de Lima, Daniel M. Laks, Francisco Ferreira de Lima, Luci Ruas, Mariana Custódio, Maximiliano Torres, Michele Dull Sampaio Beraldo Matter, Mônica Genelhu Fagundes, Rodrigo Xavier e Viviane Vasconcelos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-71440516540120317552019-12-23T16:30:00.000-08:002020-08-01T16:31:29.667-07:0090ª edição da Revista Blimunda<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="700" data-original-width="1302" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJAodrFUdlPfRLOhYhH-OR9XqvFiUe90gA_Y5SvdUBLJT_10W9ptanI44Mvz4LRwsRT7YGCVHPRtUp05_1-zpdEiRvTttvAaPVsyKe3waCswID9ckiHjIMi8G4Bn9la_CU3qaLNJgFcg/s400/blimunda90.png" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
O ano de 2020 finda com um um número duplo da revista <i>Blimunda</i>, cheia de grandes conteúdos. Em destaque,
a passagem da Fundação José Saramago por Moçambique integrada no festival Ahoje é Ahoje, de
que Sara Figueiredo Costa nos fala. Na seção Saramaguiana, um texto de Pilar del Río, lido pela Presidenta da Fundação na
abertura do Congresso Internacional dedicado a <i>Memorial do Convento</i>, que teve
lugar em Mafra. Esta e outras matérias acessíveis a um clique.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Para baixar a edição, clica <a href="https://www.josesaramago.org/?ddownload=541183" target="_blank">aqui</a>.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-23114725057026132232019-10-31T16:04:00.000-07:002020-08-01T16:04:34.989-07:0089ª edição da Revista Blimunda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="700" data-original-width="1298" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-8iweXbpThgkCkypNu7MZnGXjbshbBMrUHreCLveeFysiLUwkoF0b8RYfgVG3P1T-z224J9uFe3ZDf78iW32fUixKsB_iaN0bWb8EFhoNZ4u1DgtDO4aN-s0fVegkHxCOG26Quu7gnQ/s400/blimunda89.png" width="400" /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Neste mês de
outubro, Afonso Reis Cabral recebeu o Prêmio Literário José Saramago. A revista <i>Blimunda</i> n. 89 recupera as palavras do escritor aquando da entrega do galardão e
também o discurso da Senhora Ministra da Cultura, Graça Fonseca, na cerimônia.
São destaques também nesta edição: uma conversa sobre revistas literárias e uma
exposição de ilustração que tiveram lugar no Festival Literário
Internacional de Óbidos (FOLIO), o Prêmio Eduardo Lourenço e um artigo de Fernando
Assis Pacheco sobre José Saramago.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Para baixar a edição, clica <a href="https://www.josesaramago.org/?ddownload=541040" target="_blank">aqui</a>. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
</div>
Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-81593893277310538492019-10-28T11:31:00.000-07:002020-01-09T11:32:15.490-08:00Um congresso internacional assinala o "Memorial do convento"<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="604" data-original-width="496" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXpacJvbwcodnM3QOXxVoHEel7CZyKg8beCRZqCOWctHnq9HVTefxTMQzB6KEPri3NBnvKYed3MTiZSaUWZt9R_B8huHnFk3u38noRKEM34VAa3feXoIP4mA2lvYjvn3jAjZb7PUz99g/s400/J+Saramago33.png" width="327" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
A obra de José Saramago e a força inesgotável dos seus sentidos. Uma nova iniciativa revisita o romance dos mais singulares do escritor português. O Congresso
Internacional José Saramago e o <i>Memorial do convento</i>, uma iniciativa conjunta
das autarquias de Loures, de Mafra e de Lisboa, ganha forma nos próximos dias 14, 15 e 16 de novembro. O evento insere-se no projeto "Rota do <i>Memorial do convento</i>" que tem como objetivo a criação de uma rota cultural, a
partir do lirismo épico do romance de José Saramago.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Este projeto "põe em evidência o romance que revolucionou a literatura
portuguesa e homenageia José Saramago, o único escritor de língua portuguesa,
até ao momento, distinguido com o mais prestigiado de todos os galardões
literários, o Prêmio Nobel da Literatura, em 1998", destaca a apresentação do congresso dedicado exclusivamente a este romance.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Comissariado pelo Professor Miguel Real, o evento decorre no Palácio Nacional de Mafra, com a participação
de inúmeros especialistas nacionais e internacionais, estudiosos e interessados
na obra do escritor, e em estreita colaboração com a Fundação José
Saramago, parceira estratégica desta iniciativa de grande visibilidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Todas as informações estão disponíveis <a href="https://rotamemorialconvento.wixsite.com/congresso" target="_blank">aqui</a>. </div>
<br />Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-32492639916864954822019-10-23T16:35:00.000-07:002019-10-24T16:36:05.524-07:00Projeto apresenta e discute a obra de José Saramago<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1368" data-original-width="1600" height="341" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyD9po4onIqqB6l7AFoZsRjc4mTlsRAXbOlZLYeAU2kOH3F-CjEwub_yVwwzgX5HAssjqIUlpQcAZf71jLz-yf3KiyYk1q6Cz9uIErbex9dOmUKPz6AcaiwmnGdEiMhEaoQRUPwdqrmw/s400/imgresize.jpg" width="400" /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
“José
Saramago. Ler para mover-se”. Este é o título de uma intervenção proposta pelo
Professor Pedro Fernandes de Oliveira Neto sobre a obra de José Saramago no
âmbito dos Encontros com Autores. Este projeto integra as atividades de
extensão desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa do Pensamento Complexo, da
Universidade do Rio Grande do Norte. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
O Encontro
com Autores se constitui de momentos de escuta, apreensão e compreensão da
trajetória intelectual de um autor ou escritor nacional, internacional ou local
que é apresentado e discutido por um pesquisador convidado. Coordenado pelo
Professor Ailton Siqueira, desde 2008, pelo espaço já passaram discussões sobre
a obra de nomes como Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Clarice
Lispector, Antonin Artaud e Raduan Nassar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Pedro
Fernandes é professor de Teoria da Literatura, Literatura Brasileira e
Literatura Portuguesa na Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Estuda a
obra de José Saramago há quase duas décadas, itinerário que começou a se fazer
público com a escrita de diversos trabalhos, incluindo uma monografia que estabelece
nexos entre a obra do escritor português e o existencialismo de Jean-Paul
Sartre (apresentada em 2008). Em 2012, publicou o livro <i>Retratos para a
construção do feminino na prosa de José Saramago</i> (Editora Appris);<i> </i>atualmente
é diretor da <i>Revista de Estudos Saramaguianos</i> e coordena para a Editora
Moinhos a Coleção Estudos Saramaguianos, que reúne importantes publicações acadêmicas
sobre a obra do escritor português.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
José
Saramago nasceu a 16 de novembro de 1922, na aldeia ribatejana de Azinhaga. Viveu
em Lisboa e depois, a partir de 1993, em Lanzarote, uma ilha do arquipélago das
Canárias, até os seus últimos dias – morreu a 18 de junho de 2010. Foi o
primeiro escritor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura,
em 1998. Escreveu crônica, ensaio, teatro, contos, poesia e ficou reconhecido por
romances como <i>Memorial do convento</i>, <i>O ano da morte de Ricardo Reis</i>,
<i>O evangelho segundo Jesus Cristo</i> e <i>Ensaio sobre a cegueira</i>. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
O convívio do
pesquisador com o universo literário do escritor português, suas observações sobre
alguns dos momentos singulares da literatura saramaguiana compõem os interesses
de Pedro Fernandes para o novo Encontro com Autores que acontece neste 25 de
outubro de 2019, a partir das 17h, na sede da Companhia A Máscara de Teatro (Rua
Felipe Camarão, 1506, Doze Anos, Mossoró / RN). O encontro tem transmissão da
TV UERN, apoio da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e do
Departamento de Ciências Sociais. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-52201592990497837812019-10-14T18:00:00.002-07:002019-10-14T18:18:13.899-07:00Adeus a Harold Bloom, o leitor atento de José Saramago<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="1594" data-original-width="1600" height="397" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjl-ShxB7no3V4OGfEMGY7thwkPfJG2EIwJs9jRKKGqnnccRx3GGyX_ewJXV0cOlv3LdonsXSYozuUoQIF72qmeZ8FetDV0_d7KePvRawPQe6sPQ3PCF9McqFnqXYrWfSFXBW-uoCyPVA/s400/Sem+t%25C3%25ADtulo.png" width="400" /></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Lendo Saramago sinto-me como Ulisses tentando prender
Proteu, o deus metamórfico do oceano; ele passa o tempo todo a escapar”. A
frase de Harold Bloom abre um texto no qual visita os principais romances de
José Saramago, principalmente, <i>O evangelho segundo Jesus Cristo</i>,
para ele a obra-prima do escritor português junto a <i>O ano da morte de
Ricardo Reis</i>. O texto foi publicado como introdução a este importante trabalho organizado por ele
com leituras das mais diversas e fundamentais aos estudos saramaguianos.
Publicado em 2005, <i>José Saramago</i> integra uma prestigiada coleção de
estudos críticos sobre as obras mais importantes da literatura universal. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Reiteradas vezes depois o crítico estadunidense voltou a falar sobre a obra
saramaguiana no tom elogioso que a colocava em relação a nomes com Philip
Roth ou aquele que foi um marco fundamental na sua catedral crítica, Shakespeare;
mas, também em tom de enfrentamento, como quando escreveu sobre
<i>Caim</i>, classificado por ele como “um erro, mas que não deve macular
o nosso sentimento de uma partida gloriosa”. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A relação entre os dois principia
pela leitura que Bloom faz da obra de Saramago e da qual resultou os primeiros
escritos ainda anteriores ao encontro pessoal na Universidade de Coimbra, no
início dos anos 2000. Harold Bloom não foi paradoxal apenas com a leitura de
Saramago; o paradoxo que está, certamente, em toda sua vasta obra crítica,
aliás, é qualidade fundamental à formação de todo importante crítico, porque não
se lida com rigor e seriedade, dois termos que bem definem seu trabalho como
leitor, sem acompanhar muito de perto os múltiplos relevos da criação.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Por Pedro Fernandes de Oliveira Neto</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Co-diretor da Revista de Estudos Saramaguianos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="612" data-original-width="752" height="325" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitUZ9xpxcvOBeDJDqYCm0zqjzJ0_sbNrHCSdt3hUNuC71zPXL73yw_cXCUQW43ubM5g1vCZAsVFXUim4OnXxE2q0TVJPmquVr5orQyyZBJJyoScOuSTOjCybnsinjF9P_pHU-Ca4jVqw/s400/harold-bloom-saramago.png" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O registro do fotógrafo Rui Uchôa data de maio de 2001, quando Harold Bloom reencontra José Saramago na Fundação Luso-Americana na apresentação do número 6 de revista <i>Portuguese Literary & Cultural Studies</i> dedicada ao escritor português. Uma versão do texto final que integra <i>José Saramago</i> foi apresentada nessa ocasião.</div>
<br />Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-52213647751688357702019-10-08T16:06:00.000-07:002020-08-01T16:07:16.716-07:00Afonso Reis Cabral é o vencedor da edição de 2019 do Prêmio Literário José Saramago<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="641" data-original-width="961" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyQieD-iRkok0BUE1jfM1gDmoDqcee43XBPjyIOxHKazd6Jctm3IvWZ5n6OBRHWcqkql-goOf_ohV4q5CnSSPooafJVAPLv2TP23hFLHObcnk4kXlDrPwb0LAJIfDG2XZKpjVO74Fztg/s400/Afonso+Cabral+Reis+Pr%25C3%25AAmio+Saramago+2019.jpg" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O anúncio foi feito na sede da Fundação José Saramago, na Casa dos Bicos, em
Lisboa. O escritor recebe o galardão pelo romance <i>Pão de Açúcar</i>. Narrado na
primeira pessoa, o livro publicado em setembro de 2018 pela editora
portuguesa Dom Quixote, parte da história verídica do assassinato de Gisberta, na
cidade do Porto, em 2006. Segundo Ana Paula Tavares, integrante do júri do Prêmio
Saramago, o romance “lida com o espesso e confuso mundo da memória e retira do
esquecimento acontecimentos que os jornais e os relatórios da polícia tinham
tratado de forma redutora e parcial com silêncios e omissões que o autor se
propõe aqui a revelar”. No Brasil, os leitores têm acesso a <i>O meu
irmão</i>, seu livro de estreia e com o qual foi vencedor do Prêmio LeYa.</div>
<o:p></o:p><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4968774388866929027.post-48712567657479110872019-10-01T14:38:00.000-07:002020-08-01T14:39:16.877-07:0088ª edição da Revista Blimunda<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="700" data-original-width="1300" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGi4Gh-xru3UU34OSiz95Lc6xW3brGGU3vIo9FR-mykKzKH5rOMacaGaD99qIqHtct_NJ7-YdR-4OaLE0COZUk7sEF-9wobZmXyRgg8yi8hPRrDrHt-ZqBdmVqOvldY9zRvqgdmN_OGA/s400/blimunda88.png" width="400" /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Outra vez a revista <i>Blimunda </i>colaca-se à frente em causa de nome e situação brasileiras. Desta vez, o motivo é celebrativo: o editorial defende a indicação do Cacique
Raoni Metuktire para o Prêmio Nobel da Paz. Entre os destaques deste número, referente ao mês de setembro de 2019, estão, na seção Saramaguiana, um
questionário respondido por José Saramago para uma revista espanhola, biografias para as crianças, notícias sobre duas exposições que abordam
a obra da pintora portuguesa Sarah Affonso, um texto de Andrea Zamorano sobre a
violência contra a mulher, e muito mais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Para baixar a edição, clica <a href="https://www.josesaramago.org/?ddownload=540909" target="_blank">aqui</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Pedro Fernandeshttp://www.blogger.com/profile/04271723800445614609noreply@blogger.com0